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Crescimento do E-commerce no Brasil

E-commerce no Brasil bate recorde e atinge R$ 53 bilhões no 1º semestre



As vendas do comércio digital brasileiro chegaram a R$ 53,4 bilhões só no primeiro semestre de 2021, um recorde

A pandemia da covid-19 mudou as dinâmicas de consumo e fez o varejo, em especial o e-commerce, passar por um processo de aceleração. O momento do e-commerce brasileiro foi tema de um dos painéis dessa terça-feira (14) do Latam Retail Show, principal evento de varejo e consumo B2B da América Latina, que tem cobertura especial da plataforma Mercado&Consumo.

Segundo pesquisa da Nielsen, as vendas do e-commerce brasileiro chegaram a R$ 53,4 bilhões só no primeiro semestre de 2021, um recorde, e cresceram 31% em relação ao mesmo período em 2020. Foram 42 milhões de pessoas comprando pelo e-commerce, sendo que, desses, 6,2 milhões eram novos usuários.

Foi também do ano passado para cá que os aplicativos de entrega, que já eram relevantes para os restaurantes, entraram de maneira intensa no setor de produtos básicos. A principal mudança foi, justamente, a realização de parcerias com supermercados que não possuíam uma plataforma de venda. A presença em ecossistemas de deliveries se tornou necessária diante das restrições impostas pela crise sanitária mundial.
Demanda inesperada no e-commerceForam realizadas 78,5 milhões de compras online nos três primeiros meses do ano, um aumento de 57,4% em comparação ao mesmo período do ano passado.

Esta quantidade de compras resultou em um faturamento de R$ 35,2 bilhões para o e-commerce entre janeiro e março de 2021, aumento de 72,2% na comparação com 2020.

“No começo deste ano de 2021 havia uma expectativa de redução da intensidade da expansão, mas com a chegada da nova variante do Covid-19 e, consequentemente, da segunda onda de contaminação que atinge nosso país, nos deparamos com uma evolução ainda mais intensa das vendas no e-commerce não somente brasileiro, mas ao redor do mundo”, explicou Fabrício Dantas, CEO da Neotrust, na apresentação do relatório.

Os principais motivos para o crescimento estão relacionados às diversas promoções realizadas nos três primeiros meses do ano, além do Dia do Consumidor, realizado em março. Outro fator determinante foi o agravamento da pandemia no país, resultando em uma nova onda de fechamento ou redução de circulação no comércio físico em diversos estados.

O consumidor também tem investido mais nas compras online: houve aumento de 9,4% no valor do ticket médio em comparação com o mesmo período de 2020. Atualmente, o gasto registrado está em R$ 447,90.

A região Sudeste ainda é a que mais se destaca em volume de compras e no quarto trimestre de 2020 foi responsável por 63% do total de pedidos feitos online no país. Mesmo que siga na dianteira, caiu 3,9 pontos percentuais em comparação com o trimestre anterior.

Isso porque as demais regiões têm apresentado crescimento também. A região Nordeste se destaca por ocupar a segunda posição em total de vendas no e-commerce, concentrando 14,6% das que realizadas entre outubro e dezembro de 2020. Esse número representa um crescimento de 2,6 pontos percentuais em relação ao trimestre anterior. A região Sul segue próxima, com 14,1% do total de pedidos realizados.